quinta-feira, 20 de novembro de 2014

#08 Medianeras- Buenos Aires na era do amor virtual (Medianeras. Gustavo Taretto, 2011)

O cinema argentino é um dos ou ao menos na minha opinião, o mais pujante da América Latina. Obras como O segredo dos seus olhos, Um conto chinês, Nove rainhas e Tese sobre um homicídio demonstram isso. Se enquadrando neste contexto, Medianeras aparece como uma fábula moderna que  tem como palco Buenos Aires. É um dos meus filmes favoritos, apesar de eu ser suspeito pra falar de um filme tão urbano levando em conta que adoro arquitetura.

: “Há 10 anos sentei na frente do computador e tenho a sensação de que nunca mais levantei”


"O amor verdadeiro você encontrará no fim."

“Estou convencido de que as separações, os divórcios, a violência familiar, o excesso de canais a cabo, a falta de comunicação, a falta de desejo, a apatia, a depressão, o suicídio, as neuroses,os ataques de pânico, a obesidade, as contraturas, a inseguridade, a hipocondria, o estresse e o sedentarismo são responsabilidade dos arquitetos e da construção civil. Destes males, salvo o suicídio, padeço de todos.”

"Estes edifícios que se sucedem sem nenhuma lógica demonstram uma total falta de planejamento. Exatamente igual à nossa vida, vamos vivendo sem ter a mínima idéia de como queremos ser. Vivemos como se estivéssemos de passagem por Buenos Aires. Somos os inventores da cultura do inquilino. Os edifícios são cada vez menores, para dar lugar a novos edifícios, menores ainda. Os apartamentos se dividem em ambientes, e vão desde os excepcionais 5 ambientes com varanda, sala de jogos, dependência de empregados, depósito, até a quitinete, ou caixa de sapatos.

"Como é possível ser próximo de alguém tão diferente?
É a conclusão estúpida que fica de uma relação de quatro anos (...) Quatro anos são 48 meses... são 1.460 dias... são 35.040 horas com a pessoa errada.

"Se, mesmo sabendo quem eu procuro, não consigo achar... Como vou achar quem eu procuro se nem sei como é?"






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